quinta-feira, 23 de maio de 2013

Review - A Batalha do Apocalipse

  
Inaugurando a coluna de livros aqui no Soronerds, começo com uma obra nacional de ficção. Vamos logo à sinopse para vocês entenderem melhor:

"Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final.


Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados e convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.


Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heroicas, magia, romance e suspense."


O livro conta a jornada de Ablon, um anjo da casta dos querubins, que foi expulso do Céu pelo Arcanjo Miguel por causa de sua rebelião contra os desmandos dos arcanjos. Miguel sente ciúme do amor que Deus tem pela humanidade e deseja destruí-la. Ablon, então, se alia a Lúcifer para tentar derrubar Miguel, mas é traído por ele e acaba sendo derrotado e expulso junto com outros anjos que o ajudaram nessa rebelião.


Ablon fica então vagando pela Terra, procurando seus companheiros de rebelião e se preparando para a Batalha do Apocalipse. Ele participa de vários momentos interessantes da história da humanidade. No primeiro deles, na Babilônia durante a construção da lendária Torre de Babel, Ablon salva Shamira dos capangas do rei babilônio e ambos se apaixonam. Isso adiciona uma tensão interessante à narrativa pois ambos não se assumem como enamorados, mas não conseguem refrear totalmente seus sentimentos.


Confesso que esperava muito pouco desse livro. Achava que um livro de anjos seria fraco e meio enjoativo. Felizmente eu estava errado e o livro se mostrou interessantíssimo do começo ao fim. Spohr consegue ser descritivo sem ser chato e mostra todos os cenários com incrível riqueza de detalhes. As batalhas e as tensões conseguem atingir totalmente o leitor que se sente completamente imerso nesse universo fantástico onde anjos governam e Deus dorme.


Esse livro me deixou com vontade de ler os próximos livros de Eduardo Spohr e vai levar uma Nota 9 pela originalidade e pela coragem de escrever um livro desse.


Por Luiz Bag.

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