Elenco: Ginnifer
Goodwin, Jennifer Morrison, Lana Parrilla, Josh Dallas, Jared S.Gilmore e
Robert Carlyle.
Sinopse: Os
personagens dos Contos de Fada acordam da maldição da Rainha Má e tentam
entender por que ainda estão em Storybrooke. Com a liberação da Magia pelo Mr.
Gold, todos acabam percebendo que estão vulneráveis naquele momento, podendo
ser descobertos agora por outras pessoas fora da cidade. Toda a magia tem o seu
preço.
Impressões: A
segunda temporada de “Once Upon a Time” nos apresentou uma quantidade imensa de
personagens, tramas e acontecimentos que, comparada com a dinâmica da primeira,
fez com que essa temporada tivesse a longevidade de duas. As histórias não foram
ruins, mas dado seu tempo de duração, acabaram sendo mal exploradas levando em
conta o fluxo da saga. Somos mergulhados numa quantidade significante de informações,
cujas mesmas são prejudicadas pela frequente coincidências de acontecimentos e
até mesmo por forçar a história a criar uma ligação desnecessária de parentesco
sanguíneo entre seus personagens ( e a julgar pela cena entre Rumplestiltskin e
Cora, me veio a dúvida se Regina não seria filha desse, o que colocaria todos
em uma ligação maior ainda).
A premissa da temporada foi interessante: mostrar além de
Storybrooke e como as outras pessoas do mundo lidariam ao descobrir sobre a
magia. Nos apresentou um outro mundo além da própria Floresta Encantada, onde
fomos apresentados a outros personagens que infelizmente sumiram no decorrer da
temporada e um em especial – Lancelote – que foi muito mal utilizado. Assim
como, na reta final, personagens como o Chapeleiro Louco, Chapeuzinho e o Rei
George (este que poderia ter sido melhor aproveitado como um dos vilões fixos)
simplesmente desapareceram. E como explicar, também, o desaparecimento do gênio
da primeira para a segunda temporada?
Infelizmente, o erro cometido nessa temporada foi parecido
com o cometido na também segunda temporada da série Heroes. É estranho reparar
como o próprio Príncipe Encantando se transformou em um mero coadjuvante de
luxo, ao passo que Emma, ainda descobrindo sua real essência, acaba não tendo um
arco dos mais interessantes ao se envolver com o enigmático Neal/ Baelfire.
Além disso, abusaram demais em diálogos desconexos e que ás vezes se amarravam
entre realidade e flashback, tentando manter uma conexão entre si totalmente
desnecessária.
No entanto, conseguiram nos brindar com alguns bons
episódios, como “Broken”, “The Miller´s Daughter”, “Welcome to Storybrooke” e “Second
Star to the Right”. E se temos muitos personagens mal aproveitados e
esquecidos, temos outros que acabam por equilibrar a balança da série: Mr.
Gold, Regina e Cora são os verdadeiros alicerces dessa temporada e da história
como um todo, sempre fiéis em seus reais propósitos e coerentes em suas ações.
Ao humanizar seus personagens, acabam fazendo com que tenhamos duvidas se
realmente deveríamos odiá-los ou nos perguntar se faríamos diferente se estivéssemos
em suas peles.
Spoilers e história a
ser abordada na Terceira Temporada: A série caminha para uma expansão de
sua própria história (e a confirmação da série paralela “Once Upon a Time in
Wonderland” é a grande prova disso) e nos faz ter dúvidas se realmente
darão conta. A Terceira Temporada mostrará se realmente acertarão a mão ,como fizeram
na Primeira Temporada, ou se perderão de vez, focando na quantidade e esquecendo a qualidade. “A Saga de Peter Pan” promete ser a grande
história se for contada em seu devido tempo, dentro da coerência da Série. E a
possibilidade empolgante de encararmos um vilão como um “Peter Pan do lado
negro” pode ruir caso os roteiristas não tenham coragem o suficiente de retratá-lo
dessa maneira ou não consigam cravar todo o potencial que esse personagem merece.
Acredito que ainda há histórias muito
interessantes de contos de fadas a serem contadas (“Aladin”, “João e Maria” e “A
pequena sereia” seriam boas apostas), mas devem ser feitas dentro de sua
própria perspectiva, sem forçar a atual história ou coloca-los como elementos
meramente coadjuvantes (como feito com o personagem Robin Wood no episódio “Lacey”).
Além disso, deixar de explorar a escuridão no coração de Branca de Neve ou os
conflitos internos de Regina e Mr Gold seriam inaceitáveis para o rumo da série
daqui por diante.
Nota (de 0 a 100): 63
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