segunda-feira, 15 de julho de 2013

O polêmico 04x01 de "Hannibal".




O episódio proibido de Hannibal nos EUA mantém o clima psicótico dos seus últimos três episódios, mostrando uma mulher que induz crianças a cometerem assassinatos, ficando melhor por fazer com que esses assassinatos fossem contra os próprios membros da família, numa ilusão parricida fantástica. Embora o tema não seja dos mais leves, é apropriado para a seqüência narrativa da série, sem perder o foco da história cronológica de seus personagens principais. Não é – nem de longe – o episódio mais violento da temporada, muito menos o mais impactante. 

Por um bom senso crítico falso de seus produtores, que decidiram não passar o episódio devido aos atentados de Boston e uma série de violências gratuitas que ocorreram pelos Estados Unidos, fez com que os fãs que não assistissem esse episódio perdessem dois momentos interessantes: a identificação de Kacey com Hannibal e a Dra Bloom, considerando-os parte de sua família; o fascínio de Will Graham pelas vítimas que não conseguiu salvar e sua auto-culpa.

Por outro lado, não há como descartar o fato de que a proibição tenha sido um eficiente golpe de marketing: como tudo que é “proibido” é sempre mais procurado, talvez os produtores tenham optado por tornar um episódio mais importante do que ele realmente é, ao mesmo tempo em que tornasse a reputação da série mais temerosa do que poderiam imaginar para aqueles decidissem não ver. 

Mas para uma série em que um de seus personagens principais é um famoso serial killer conhecido por comer – literalmente – suas vítimas, tal veto ainda é considerado desnecessário e incoerente.

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