O episódio proibido de Hannibal nos EUA mantém o clima
psicótico dos seus últimos três episódios, mostrando uma mulher
que induz crianças a cometerem assassinatos, ficando melhor por fazer com que esses assassinatos fossem contra os próprios membros da família, numa ilusão parricida
fantástica. Embora o tema não seja dos mais leves, é apropriado para a seqüência
narrativa da série, sem perder o foco da história cronológica de seus
personagens principais. Não é – nem de longe – o episódio mais violento da temporada, muito menos o mais impactante.
Por um bom senso crítico falso de seus produtores, que
decidiram não passar o episódio devido aos atentados de Boston e uma série de
violências gratuitas que ocorreram pelos Estados Unidos, fez com que os fãs que
não assistissem esse episódio perdessem dois momentos interessantes: a
identificação de Kacey com Hannibal e a Dra Bloom, considerando-os parte de sua família; o fascínio de Will Graham
pelas vítimas que não conseguiu salvar e sua auto-culpa.
Por outro lado, não há como descartar o fato de que a
proibição tenha sido um eficiente golpe de marketing: como tudo que é “proibido”
é sempre mais procurado, talvez os produtores tenham optado por tornar um episódio
mais importante do que ele realmente é, ao mesmo tempo em que tornasse a
reputação da série mais temerosa do que poderiam imaginar para aqueles decidissem
não ver.
Mas para uma série em que um de seus personagens principais
é um famoso serial killer conhecido por comer – literalmente – suas vítimas,
tal veto ainda é considerado desnecessário e incoerente.
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